Vai desacelerar no final do ano? Eis bons livros para ler entre os cochilos
Rodrigo Casarin
21/12/2016 14h25
Dia 21 de dezembro. Quem nessa época do ano não está pensando em alguns dias de descanso? Para os afortunados que poderão desacelerar e curtir uma praia, uma montanha ou até mesmo o sofá de casa, separei cinco bons livros que servem de companhia entre uma cochilada – ou uma cerveja – e outra:
"Detetive à Deriva", de Luís Henrique Pellanda (Arquipélago Editorial): Pellanda é atualmente um dos cronistas mais respeitados do país. Suas histórias são retiradas das ruas de Curitiba, de onde surgem achados como um par de botas abandonado, um misterioso rastro de pétalas, um bebê chinês sozinho na calçada e uma família de urubus que habita o topo de um prédio. Vale a leitura para conhecer um cronista que ainda se preocupa mais com uma boa história do que em expor suas opiniões sobre tudo.
"Allegro Ma Non Troppo", de Paulliny Gualberto Tort (Oito e Meio): romance de estreia de Paulliny, a obra narra a jornada de um violinista que precisa atender ao pedido de uma mãe um tanto desvairada: encontrar onde seu irmão mais velho está vivendo, isso após o pai de ambos, um ex-político de certa importância, falecer. Vale a leitura por conta do bom ritmo que autora emprega, pela complexidade dos personagens e pelos cenários que se alternam entre a gélida Brasília e as cachoeiras da Chapada dos Veadeiros.
"Eu Contra o Sol", de Alex Tomé (Confraria do Vento): Benício, um estudante de direito, escapa da morte e tenta entender como funciona a vida adulta enquanto o país ameaça entrar em colapso. No romance, Alex cria um possível retrato da juventude nos dias de hoje. Vale para conhecer um novo autor publicado por uma editora que costuma ousar em suas apostas.
Sobre o autor
Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.
Sobre o blog
O blog Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.