O britânico Bear Grylls, 41 anos, é um desses aventureiros que de tanto se expor a riscos mais parecem malucos inconsequentes. Já esteve cara a cara com leões, já fez travessias marítimas com parcas seguranças e até mesmo escalou montanhas no Alasca com o presidente norte-americano Barack Obama. Ficou famoso mundialmente por transformar suas expedições em bem-sucedidos programas de televisão, como "À Prova de Tudo" e "No Pior dos Casos".

Grylls também levou essas experiências para mais de uma dezena de livros que já foram lançados na Inglaterra, e agora dois deles chegam ao Brasil: "Lama, Suor e Lágrimas", pela editora BestSeller, e "Voo Fantasma", publicado pela Record.

O primeiro é uma autobiografia na qual o aventureiro relata sua trajetória, lembrando da infância, quando aprendeu a escalar e velejar, da paixão pelo alpinismo e pelas artes marciais, que fez com que viajasse para o Himalaia e para o Japão na adolescência, e da carreira militar que ajudou a forjar sua personalidade. Ainda narra fatos como um acidente de paraquedas que por pouco não o deixa paraplégico e a experiência de ser uma das pessoas mais jovens a escalar o Everest, feito que alcançou aos 23 anos.

Já "Voo Fantasma" é a estreia de Grylls na ficção – mas nem por isso a aventura é posta de lado, evidentemente. A obra é a primeira de uma trilogia protagonizada por Will Jaeger, ex-soldado que, apesar de seus traumas, volta às atividades para combater uma conspiração nazista contemporânea. A história é inspirada em documentos que o autor achou sobre seu avô, que comandou uma equipe secreta responsável por capturar adeptos à ideologia de Adolf Hitler mesmo após o final da Segunda Guerra Mundial.