Em Paris, museu de Balzac é má opção para turistas
Rodrigo Casarin
24/03/2015 11h00
Resolvi visitá-lo. Em todos esses dias na cidade, sem dúvidas foram os 5 euros mais mal gastos da viagem. A casinha até que é simpática, com um jardim grande, mas um pouco mal cuidado e com um busto do escritor largado em um canto.
Ao entrar, legal ter que girar a antiga maçaneta, como se estivesse mesmo chegando na casa de alguém, não em um museu. Dentro, nas poucas salas preenchidas por quase nada, retratos, edições históricas, referências de outras artes ao escritor e a antiga escrivaninha utilizada por Balzac, tudo isso vigiado por bedéis carrancudos.
O que de fato merece destaque é um cômodo com os originais das xilogravuras que ilustraram livros do autor de "A Mulher de Trinta Anos". Mas acabamos aí. Sem dúvidas Balzac merecia algo mais digno para honrar a sua memória.
Perto dali, ao menos uma pequena boa surpresa: a Avenue Marcel Proust, homenagem a outro grande escritor.
Em Paris, para a cobertura do Salão do Livro, Rodrigo Casarin está hospedado a convite da rede Accor.
Sobre o autor
Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.
Sobre o blog
O blog Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.