No Instagram, Laurentino Gomes dá breves aulas sobre história da escravidão
Em agosto, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o jornalista e escritor Laurentino Gomes, autor dos best-sellers "1808", "1822" e "1889", lançará o volume inaugural de sua nova trilogia, sobre a história da escravidão no Brasil. "Escravidão: Do Primeiro Leilão de Cativos em Portugal até a Morte de Zumbi dos Palmares", sairá pela Globo Livros e se debruçará sobre um período que vai de 1444, data do primeiro registro sobre portugueses comercializando escravos africanos, até a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, em setembro de 1695. A previsão é que os outros dois volumes da série cheguem ao público em 2020 e 2021, dando conta do que se passou por aqui nos séculos 18 e 19.
"Eu acredito que, 127 anos depois da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, esse é um passivo histórico que os brasileiros ainda não conseguiram resolver. O grande abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco afirmava que o Brasil estava condenado a continuar no atraso enquanto não resolvesse de forma satisfatória a herança escravocrata. Para ele, não bastava libertar os escravos. Era preciso incorporá-los à sociedade como cidadãos de pleno direito, o que até hoje não aconteceu de fato. Por essa razão, escolhi a escravidão como tema dessa nova trilogia. Acredito que seja o assunto mais importante de toda a nossa história", escreveu Laurentino em sua página do Facebook quando anunciou o projeto, em 2015.
Para realizar as pesquisas sobre a história da escravidão, Laurentino viajou por países da América, da África e da Europa. Nessas andanças, visitou lugares emblemáticos, conversou com especialistas e colheu documentos que ajudam a entender como acontecia o tráfico de seres humanos. Enquanto a obra não chega, o escritor tem mostrado parte dos bastidores de seu trabalho em breves vídeos no Instagram. São pílulas de aulas de história. Dê uma olhada nessa seleção:
Cabo Verde: "um grande supermercado de escravos"
A escravidão em Angola
Museu da Escravidão (que o Brasil não tem)
"Açúcar era sinônimo de escravidão"
O Cais do Valongo
Seis meses na África
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