Livro infantil de Emicida fala sobre diversidade religiosa e orgulho negro
Um dos principais nomes do rap nacional e assumido fã de quadrinhos e poesia, Emicida está dando início a uma nova empreitada em sua carreira: a de escritor de livros infantis. Em "Amoras" (Companhia das Letrinhas), sua estreia no gênero, o autor constrói uma narrativa na qual apresenta para os pequenos personalidades negras que entraram para a história, como o boxeador Muhammad Ali, o pastor e ativista Martin Luther King e Zumbi dos Palmares, que liderou um o quilombo dos Palmares, certamente o mais conhecido de nossa própria história.
Mas não é só isso. Ilustrada por Aldo Fabrini, a obra acompanha uma garotinha cheia de ideias e curiosidade pelo mundo e que fica maravilhada ao descobrir que a amora mais doce de todo o pomar é a mais escura: "Papai, que bom, porque eu sou pretinha também", comemora a pequena. Antes disso, o leitor já se deparara com uma série de entidades religiosas: Obtalá, orixá da mitologia yorubá, criador do mundo, dos homens, das plantas e dos animais, Alá, o deus dos muçulmanos, e até mesmo Ganesha, o deus indiano com cabeça de elefante…
"Amoras" nasce de um rap homônimo do próprio Emicida, no qual canta a essência do que está no livro, bem como palavras para ele transpostas: "Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também". Mais do que uma história sobre o orgulho da garotinha ser quem ela é, o volume é um exemplo de respeito à diversidade religiosa e de reverência à história dos negros.
O lançamento de "Amoras" acontece nesta quarta, 12 de setembro, a partir das 19h, no Sesc Campo Limpo, durante a Felizs, a Feira Literária da Zona Sul, que neste ano chega à quarta edição. Idealizada pelo Sarau do Binho, a feira, que de espalha por diversos pontos da ZS de São Paulo, começou ontem, dia 10, e vai até o dia 22 deste mês. Dentre os destaques da sua programação, que conta com encontros literários, oficinas, intervenções artísticas e exposições, estão nomes como Milton Hatoum, Marcelino Freire e Maria Rita Kehl – veja aqui a grade completa.
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