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Vem do Twitter a força que faltava para você finalmente ler Dom Quixote

Rodrigo Casarin

04/06/2018 11h02

"Dom Quixote", um dos maiores clássicos da literatura, está entre aqueles livros que você sempre quis ler, mas nunca arrumou tempo para tal? Pois agora há um bom pretexto para tirar o romance do espanhol Miguel de Cervantes da estante e começar a acompanhar as aventuras do cavaleiro errante que, montado em seu cavalo, Rocinante, e acompanhado de um razoável e gorducho ajudante, Sancho Pança, sai pelos campos da Mancha enfrentando perigos como moinhos de vento que se passam por dragões.

É que começou no dia 1º de junho uma leitura compartilhada da obra pelo Twitter. A ideia é essa: ler um capítulo por dia do clássico e dividir as impressões que tiver da história com a marcação #Cervantes2018. Apesar da iniciativa partir de usuários de língua espanhola, muitos brasileiros já aderiram à campanha que hoje chega ao terceiro dos breves capítulos de "Dom Quixote" (para se ter uma ideia, o primeiro ocupa 9 páginas na edição da Editora 34 e 6 páginas na edição da Penguin – Companhia, as duas que tenho em mãos; o dia de estreia foi dedicado ao prólogo). Ou seja, dá tranquilamente para recuperar os dias e trechos perdidos e seguir com a aventura pelos próximos meses – é o que farei para revistar o romance.

A cabeça por trás da ótima ideia de ler clássicos aos poucos e dividir as impressões da leitura com colegas do Twitter é do professor argentino Pablo Maurette. No começo do ano, Maurette propôs uma bem-sucedida leitura compartilhada de "A Divina Comédia", do italiano Dante Alighieri, outro monumento da literatura mundial. Os comentários sobre a saga que passa de maneira incrível pelo Inferno, Purgatório e Paraíso podem ser vistos aqui.

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Sobre o autor

Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.

Sobre o blog

O blog Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.