De peruca para vagina à mordida de Tyson, livro reúne ideias medonhas
Atendendo clientes com a higiene bastante precária, muitas prostitutas da Europa do século 17 começaram a sofrer com piolho e outros parasitas na cabeleira de suas partes íntimas. A solução encontrada para a questão era simples: depilação completa. No entanto, aquilo deixava claro que tinham passado recentemente por um problema, então, para enganar os homens que as procuravam, criaram o "merkin", uma peruca para a região pubiana. Não foi uma saída muito inteligente, contudo, pois o apetrecho acabava se tornando um ótimo meio para que os parasitas e diversas bactérias se hospedassem.
A história da peruca para as partes íntimas está registrada em "As 100 Piores Ideias da História – As Piores Sacadas da Humanidade que se Transformaram nas Melhores Roubadas", de Michael Smith, publicitário, e Eric Kasum, jornalista, recém-lançado no Brasil pela Valentina. A obra é uma coletânea de sandices, idiotices e bizarrices relacionadas à arte, à história, às invenções, à política, ao esporte, às guerras e à ciência, dentre outras áreas.
Ainda que muitas das curiosidades venham dos Estados Unidos, país dos autores, diversas delas são de amplo conhecimento internacional. É o caso da famosa mordida que Mike Tyson deu na orelha de Evander Holyfield enquanto disputavam o título de campeão dos pesos-pesados de boxe em junho de 1997 – Tyson acabou desclassificado, teve sua licença para lutar cassada e foi multado em 3 milhões de dólares. Ou da ideia de jerico que o comandante Francesco Schettino teve, em janeiro de 2012, de passar com o Costa Concordia perto da ilha de Giglio, na Itália, para que a tripulação pudesse acenar para os habitantes do lugar – quem não se lembra do barco preso durante dias entre as rochas, em um desastre que vitimou 32 pessoas?
Diversos relatos, entretanto, são menos conhecidos do grande público, como o caso de dois livros que compunham "A Lei das Nações" que George Washington, então presidente dos Estados Unidos, pegou emprestado em 1789 de uma biblioteca pública e, por conta dos compromissos de sua agenda, esqueceu que precisava devolvê-los.
Em 2010, um arquivista de tal biblioteca descobriu em velhos calhamaços de registros que a devolução dos volumes estava pendente desde que o antigo presidente lhes pegara emprestado. Se fosse aplicada, a multa por aquele atraso de 221 anos chegaria a cerca de 300 mil dólares. Avisado, o governo norte-americano vasculhou seus arquivos em busca dos livros. Como não os encontrou, procurou pelo mundo por uma edição idêntica de "A Lei das Nações", comprou por 12 mil dólares e entregou à biblioteca, sanando assim a dívida deixada por George Washington.
Em "As 100 Piores Ideias da História" há também alguns casos que começaram mal, mas acabaram resultando em invenções importantes, como a criança francesa que aos três anos espetou o olho com um furador e ficou cego. Dez anos depois, o jovem usou o mesmo tipo de objeto para desenvolver o sistema de leitura em Braille (seu sobrenome). Mas não espere por esse tipo de registro aos montes, o foco – e a graça – da obra está justamente nos absurdos e burradas que os homens já fizeram ao longo de sua existência.
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