Canadá bane autobiografia de serial killer que matou mais de 40 mulheres
Em 2007, no Canadá, o criador de porcos Robert Pickton foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de seis mulheres. Após investigações, a polícia local achou em sua fazenda, na cidade de Port Coquitlam, próxima a Vancouver, pedaços de corpos guardados em congeladores e detectaram vestígios humanos nos dejetos dos suínos.
Suspeita-se que o criminoso tenha matado pelo menos 69 pessoas. Ele mesmo assume ser o responsável por dar cabo à vida de 49 moças que viviam nas ruas, eram dependentes químicas ou prostitutas. No entanto, a justiça canadense o investigou pelo crime que cometeu contra somente meia dúzia delas, o suficiente para que fosse condenado ao cárcere pelo resto de sua vida – mesmo que levassem adiante as outras apurações, a pena seria a mesma, argumentam.
Agora, quase dez anos depois de sua prisão, os holofotes voltam novamente para Pickton, que hoje tem 66 anos. Isso porque ele acaba de lançar o livro "Pickton: In His Own Words", autobiografia de 144 páginas na qual se declara inocente. Para publicá-la, contou com o auxílio do amigo Michael Chilldres – cujo nome aparece na capa da obra –, que vive nos Estados Unidos.
Imediatamente as autoridades da província de Colúmbia Britânica, onde o assassino está detido, exigiram que as vendas da obra fossem proibidas. O principal argumento usado foi impedir que um dos maiores seriais killers da história do país lucrasse, de alguma forma, com os crimes que cometeu – no Canadá, quatro províncias possuem leis que impedem que condenados ganhem dinheiro usando seus delitos, mas Colúmbia Britânica não está entre elas.
A Amazon, que estava comercializando a obra, cancelou as vendas do título, que sequer pode ser encontrado no endereço canadense da loja virtual. Agora, as autoridades querem saber como o criminoso conseguiu fazer com que seus escritos saíssem da prisão e chegassem ao público sem que nenhum oficial desse conta disso.
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