“Eu inventei Dan Brown”, dizia Umberto Eco
Histórias com protagonistas sagazes e tramas cheias de reviravoltas, balizadas por fatores históricos quase sempre, de alguma forma, ligados à Igreja e com simbolismos servindo de referencial para momentos decisivos das sagas. A descrição serve para boa parte dos livros de ficção de Umberto Eco, e também serve para todas as obras de Dan Brown, o autor de best-sellers como "O Código da Vinci", "Anjos e Demônios" e "Inferno".
Não é por acaso que o próprio Eco afirmava: "Eu inventei Dan Brown". A patada no norte-americano aconteceu durante uma entrevista ao jornalista australiano Ben Naparstek. Depois disso, o escritor repetiria o ataque em outras oportunidades. "Esse rapaz é um personagem de um dos meus romances. É um personagem de 'O Pêndulo de Foucault'. Portanto, ele deveria me pagar alguns direitos autorais", disse referindo-se ao autor também de "Fortaleza Digital" ao jornal argentino Clarín, por exemplo.
Um dos principais argumentos usados pelos fãs de Eco para apoiar o escritor, criticar Dan Brown e, ao mesmo tempo, estabelecer a diferença que há entre os dois é que o italiano se apoiava em dados históricos para criar tramas muitas vezes absurdas, enquanto o norte-americano copiava a fórmula, mas, supostamente, sem saber onde terminava a realidade e começava a ficção, elaborando sobre si mesmo um personagem semelhante àqueles esboçados pelo agora falecido autor.
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