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Quadrinistas premiados levam Julio Verne e Barão de Mauá para a Amazônia

Rodrigo Casarin

23/07/2015 17h21

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O escritor francês Julio Verne, que viveu entre 1828 e 1905, é até hoje reconhecido internacionalmente por conta de livros de aventura como "Volta ao Mundo em 80 Dias" e "Viagem ao Centro da Terra". Já Irineu Evangelista de Sousa foi um dos principais industriais e banqueiros que o Brasil já teve; responsável pela construção da primeira ferrovia do país, entrou para a história conhecido como o Barão (ou Visconde) de Mauá.

Figuras de universos completamente diferentes, agora os dois se encontram no quadrinhos "Uma Aventura de Verne & Mauá – Mil Léguas Transamazônicas". Se o título faz uma referência a "Vinte Mil Léguas Submarinas" um dos clássicos do escritor francês, a ambientação da história se dá em um lugar caro a Mauá, o responsável pelo início da exploração do rio Amazonas com barcos a vapor.

Os artistas por trás da junção desses dois personagens em uma só narrativa, que mistura as aventuras de Verne com o empreendedorismo de Mauá, são os quadrinistas Will e Spacca, que já trabalharam juntos na adaptação para quadrinhos de "Vinte Mil Léguas Submarinas", inclusive.

Will é autor também de obras como "Ciranda Coraci" e "O Senhor das Histórias", além de já ter vencido quatro troféus do HQ Mix, um dos prêmios mais importantes dos quadrinhos nacionais. Spacca, por sua vez, ganhou duas vezes o HQ Mix de Melhor Desenhista e assina títulos como "D. João Carioca" e "D. Pedro II, A História de um Monarca em Quadrinhos", feito em parceria com a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz.

Apesar de já estarem trabalhando na obra, os quadrinistas apostam em um financiamento coletivo feito pelo site Kickante para que consigam viabilizar a sua publicação. Confira aqui.

Sobre o autor

Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.

Sobre o blog

O blog Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.