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Julián Fuks vence Jabuti de ficção e autores empatam em não ficção

Rodrigo Casarin

24/11/2016 23h16

fuks

O Prêmio Jabuti, promovido pela Câmera Brasileira do Livro, anunciou nesta noite de quinta-feira os vencedores de melhor livro do ano das categorias de ficção e não ficção, na qual houve um empate, de sua 58ª edição. Os troféus foram, respectivamente, para Julián Fuks por "A Resistência" e para Eduardo Jardim por "Mario de Andrade: Eu Sou Trezentos: Vida e Obra" e a dupla Nei Lopes e Luiz Antonio Simas por "Dicionário da História Social do Samba".

Em um discurso bastante forte, Julián relacionou a "A Resistência", que trata da Guerra Suja e da ditadura Argentina por meio de um narrador que conta a história de ser irmão adotado, com o atual momento político que o país vive. Na fala, o autor ecoou o que Lygia Fagundes Telles, que havia sido homenageada como "personalidade literária" pelo conjunto de sua obra, pedira há pouco, afirmando que os escritores jovens não desistiriam de lutar.

Veja o discurso de Julián em vídeo feito pelos amigos do canal Literatorios:

Sobre os outros premiados, "Mario de Andrade: Eu Sou Trezentos: Vida e Obra" é um ensaio biográfico que mostra como o autor de "Macunaíma" ajudou a formular uma nova interpretação para o Brasil e "Dicionário da História Social do Samba" registra os primórdios do gênero no Brasil.

Também foram anunciado os vencedores de categorias abertas para votação popular, feita em parceria com a Amazon. Os internautas apontaram "Ainda Estou Aqui", de Marcelo Rubens Paiva, como melhor romance, "Amora", de Natalia Borges Poleso, como o melhor de Contos & Crônicas,  e "Vertigens", de Wilson Alves Bezerra, como o destaque de Poesia.

Sobre o autor

Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.

Sobre o blog

O blog Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.