Clássico: editora promete publicar série de HQ comparada a Tintin e Asterix
Spirou é um jovem que trabalhava em um hotel e começou a se meter em aventuras com o seu parceiro Fantasio, um repórter fotográfico. A aparição de estreia do primeiro personagem, criado por Rob-Vel, foi no dia 21 de abril de 1938, no Jornal Spirou e, a partir de então, ele e seu amigo se tornaram dois dos maiores ícones dos quadrinhos europeus do século 20, sendo colocados ao lado de outros nomes clássicos, como Tintin, Asterix e Obelix. Duas editoras – a Vecchi e a Manole – já tinham tentado publicar a obra completa de "Spirou e Fantasio" aqui no Brasil no passado, mas desistiram no meio da empreitada. Agora, no entanto, a Sesi-SP promete, em três anos, lançar os 54 títulos que reúnem as HQs da dupla.
"É importante termos a série publicada aqui no Brasil, pois são personagens conhecidos em toda Europa e também nos Estados Unidos, fazem parte da cultura mundial dos quadrinhos. A HQ é divertida, suave e traz um lirismo de épocas passadas, uma certa inocência que a meu ver deveria ser preservada e estimulada em nossos jovens leitores. Os leitores encontrarão prazer e graça nos momentos de leitura", acredita Rodrigo Faria e Silva, editor-chefe da Sesi-SP.
Até o momento, seis títulos já estão disponíveis nas livrarias: "Quatro Aventuras de Spirou e Fantasio", "Um Feiticeiro em Champignac", "Os Chapéus Pretos", "Spirou e os Herdeiros", "O Roubo do Marsupilami" e "O Chifre do Rinoceronte". Publicada ao longo de décadas, cerca de 28 autores diferentes, entre roteiristas e ilustradores, já assinaram os desenhos e as histórias da série, o que traz uma variedade de estilos, temas e ambientações para as histórias.
E por que uma obra clássica dos quadrinhos ainda não está integralmente publicada no país? "Não sei dizer o motivo da não continuidade, mas o mercado de quadrinhos cresce no Brasil e os franco-belgas sempre foram produtos cauda longa [que demoram mais para dar retorno financeiro, mas nunca deixam de vender], por isso resolvemos investir nesse clássico. Ninguém, dentre as pessoas que conversei no mercado, entende por que não tinha sido levado adiante antes…", confessa o editor.
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