Serviços nacionais de streaming prometem revolucionar mercado de quadrinhos

Duas plataformas digitais para a leitura de quadrinhos, que funcionarão como uma espécie de Netflix das HQs, prometem revolucionar o mercado nacional desse tipo de publicação em um futuro próximo. Tanto o Social Comics quanto o Cosmic devem começar a oferecer seus serviços de streaming nos próximos meses aos leitores de gibis, graphic novels e mangás, dentre outros.

A ideia do Social Comics, prometido já para agosto, é criar uma biblioteca virtual com HQs variadas, na qual os usuários, mediante a uma assinatura mensal, poderão acessar todas as publicações por meio de celulares, tablets ou computadores e compartilhar opiniões sobre o que estão lendo. Quem costuma ficar muito tempo desconectado da internet poderá cadastrar alguns exemplares para que sejam acessados offline por até sete dias. O acervo inicial prometido é de dois mil títulos de diferentes épocas, sendo que novidades serão disponibilizadas todos meses. Dentre as editoras que serão parceiras do serviço estão nomes como Devir, Mythos, Draco, JBC e Europa. Além disso, quadrinistas independentes também terão o seu espaço.

O Cosmic segue proposta bastante semelhante. Apesar de estar previsto para novembro, a plataforma já disponibiliza em seu site um leitor online para HQs. Atualmente seus criadores estão firmando parcerias com autores e editoras, inclusive algumas internacionais – a ideia é que, além do acervo inicial, mensalmente sejam disponibilizados 60 novos títulos. Quando estiver disponível o serviço custará R$15,90 por mês.

Tanto o Social Comics quanto o Cosmic surgem em um momento bastante oportuno. Muitos autores têm produzido quadrinhos de qualidade no país, entretanto, nem sempre conseguem publicar suas obras. Um caminho que muitos têm tentando é o da vaquinha virtual, mas mesmo essa via já começa a ficar um tanto saturada de HQs. Creio que esses serviços de streaming poderão ser de grande valia tanto para os artistas independentes darem vazão aos seus trabalhos quanto para as editoras, que poderão ter uma melhor percepção do que vem sendo feito por quadrinistas nacionais e da recepção do público, além de ganharem um espaço para trabalharem com seu acervo, principalmente o de obras mais antigas.