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HQ clássica que originou filme “O Expresso de Amanhã” chega ao Brasil

Rodrigo Casarin

24/04/2015 10h00

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Um desastre nuclear muda o clima da Terra e as baixas temperaturas se tornam insuportáveis para os homens, que chegam próximos da extinção. Os únicos sobreviventes são aqueles que encontraram refúgio em um trem de tecnologia jamais vista até então, o Perfuraneve, um veículo gigantesco, com mil e um vagões.

Contudo, após a garantia da sobrevivência, não demora para que antigas mazelas humanas voltem a fazer parte do cotidiano daquelas pessoas: problemas de convivência aparecem, passageiros são divididos por vagões de acordo com suas classes sociais – a frente para os ricos, o fundo para os pobres – e o racismo atormenta parte daqueles que vivem no que se transforma em uma espécie de condensação do mundo anterior ao desastre.

É esse retrato – bastante atual, diga-se – da sociedade que os roteiristas Jacques Lob e Benjamin Legrand e o ilustrador Jean-Marc Rochette fazem em "O Perfuraneve", um clássico das HQs de ficção científica que pela primeira vez chega ao Brasil, reunindo em um só livro as três partes da história.

O primeiro volume de "O Perfuraneve", que leva o nome da obra, foi publicado originalmente em 1984, na França. Na década seguinte, após a morte de Lob, Legrand deu continuidade aos trabalhos, lançando os dois volumes seguintes: "O Explorador", de 1999, e "A Travessia", de 2000. Em 2013, o livro foi adaptado para o cinema pelo sul-coreano Joon-Ho Bong e chegou ás telonas com o título de "O Expresso de Amanhã".

Veja algumas páginas de "O Perfuraneve":

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Título: "O Perfuraneve"
Autores: Jacques Lob, Benjamin Legrand e Jean-Marc Rochette
Tradução: Daniel Lühmann
Editora: Aleph
Páginas: 280
Preço: R$59,90

Sobre o autor

Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.

Sobre o blog

O blog Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.